A ideia do prato norueguês veio das tábuas de frios. Confesso que eu nem estava tão convencida assim da preferência norueguesa, mas eu nunca recuso uma mesa de queijos.
Para comprar os ingredientes, fomos na Dutch Groceries, aqui em Ottawa, no Canadá, uma loja especializada em produtos importados do país. Chegando lá, nos encaminhamos à parte de corte de frios e o vendedor, um jovem claramente norueguês, perguntou se a gente queria alguma indicação ou ajuda. Falamos que queríamos montar uma tábua de frios holandesa e ele ficou animado na hora, a outra vendedora, uma senhora também norueguesa falou “já fez ele feliz, é o que ele mais gosta de comer!”. Quer dizer: o Copa na Cozinha passou a fazer sentido.
Para uma tábua de frios, ele recomendou Beef Bitterbal, que é um croquete em formato de bolinhas, mostarda e queijos. Segundo ele, são vários os formatos que o croquete pode ter, mas em bolinha é o mais indicado para a tábua, já que fica mais fácil de cada um pegar e comer com as mãos. Fizemos na airfryer, que é a nova queridinha da casa.
Na escolha dos queijos, ele recomendou ter um mais leve, um picante e um envelhecido – sendo o leve a base da tábua e os outros dois em menor quantidade. E me ajudou na escolha:
Como queijo leve, escolhemos um beemster, queijo de cabra bem molinho. Levamos ainda um gouda temperado (que não era muito picante, mas bem carregado em sementes de cominho). O Vsoc Gold foi a opção de queijo envelhecido, que passa por pelo menos dois anos de maturação, formando camadas cristais.
Servimos isso tudo com um vinho francês (afinal, encontrar um vinho holandês já ia ser testar a sorte).
Todos os queijos foram aprovados (consolidando a minha invencibilidade de nunca ter provado um queijo que eu não goste), e mesmo o croquete, que de início eu achei muito forte, depois harmonizou com o resto e ficou ótimo também.
Boa sorte, Holanda, favor não derrubar a gente por aí.